Avatar Economy
GM, Block Pointers. RTFKT lança avatares 3D para conectar colecionadores e criadores. Na economia Direct-to-Avatar (D2A), a identidade digital é o pilar para as interações na Web3
A auto-expressão na nova era da internet
Para Cathy Hackl, uma das grandes referências sobre metaverso, a próxima Coco Chanel do mundo será provavelmente uma menina de 10 anos que atualmente está projetando skins de avatar no Roblox. Ainda em 2021, Hackl já falava sobre identidade digital e como a criatividade gerada pelos designers transformará roupas em tecnologia.
O discurso está em sintonia com a ideia de futuro de Jodee Rich. Segundo um dos fundadores do NFT.NYC, os produtos digitais da web3 serão meios para as pessoas expressarem suas identidades e interagir na nova era da internet.
Talvez, Hackl e Rich não imaginassem que suas concepções sobre personalidades e individualidades virtuais tornassem rapidamente uma realidade logo em 2022.
Com o RTFKT, a avatar economy começa a ganhar robustez.
Nesta semana, a empresa impulsionada por uma comunidade criativa que modela o futuro combinando o digital e o físico, lançou seu projeto de avatares 3D a partir da evolução do Clone X, os primeiros avatares criados em colaboração com o icônico artista japonês Takashi Murakami.
“A identidade é o pilar central da auto-expressão no metaverso, com o CloneX sendo o centro dele.”
Como um autêntico World Building Brand, o RTFKT justifica seu rótulo e o novo produto, trazendo uma significativa mudança sobre a propriedade intelectual (IP) das artes digitais:
“A Comunidade Clone X é parte integrante do ecossistema que estamos construindo, dando aos Clones 3D os direitos comerciais totais. É a maior mudança que já fizemos.”
Na prática, a IP possibilitará:
Criar derivados e mercadorias com artistas 3D
Usar os Clones para Vtubing (YouTuber virtual)
Fazer músicas e vídeos
Desenvolver uma marca ou negócio
Enquanto ainda procuramos entender como a nova tecnologia pode remodelar a creator economy e conectar os produtores de conteúdo diretamente com seus fãs, excluindo a necessidade do uso das plataformas tradicionais da web2, para o RTFKT já está muito evidente como as novas relações serão estabelecidas na web3.
“As supermodelos de amanhã não são embaixadoras que você paga por um post patrocinado ou campanha, são seus colecionadores, capacitados pela visão que você define e pelas ferramentas que você permite que eles usem para expressar sua criatividade.”
A avatar economy, para o RTFKT, será alavancada por marcas de última geração e sua comunidade. Isto significa:
O surgimento de uma nova geração de criadores
Colecionadores comissionando criadores para construir seu IP
NFTs de fanarts
Novas marcas e wearables a serem criados
Gradativamente, marcas, criadores e influenciadores percebem que os futuros consumidores estão 100% online. Eles têm identidades digitais em jogos e hangouts virtuais. Para relacionar-se com eles, deverá encontrá-los no metaverso (ou Fortnite, Roblox, The Sandbox…)
Nestes novos tempos, os avatares estabelecem a economia Direct-to-Avatar (D2A):
“ A D2A refere-se a um modelo de negócios emergente que vende produtos diretamente para avatares - ou identidades digitais - ignorando qualquer gerenciamento da cadeia de suprimentos, como dropshipping, logística de como levar um produto físico à porta do consumidor. As marcas D2A estão sendo vendidas em ambientes virtuais sociais ou competitivos, como jogos ou mundos abertos, onde os consumidores se projetam como um avatar”, explicou Ryan Gill, cofundador e CEO da Crucible, em entrevista à Forbes EUA.
E para solidificar o novo modelo D2A, esta economia será alimentada pelos Digi-sapiens:
“Eles compreendem cerca de 3,5 bilhões de indivíduos em todo o mundo, com mais de 55% do poder de compra total. Eles são formados pela Geração Z e jovens millennials, que cresceram confundindo realidade e fantasia, com o mundo virtual tornando-se sua segunda casa. Os Digi-sapiens são formadores de tendências, caçadores de tendências e adotantes iniciais de qualquer tecnologia que atualize e libere sua existência”, disse Kerry Murphy, fundador da The Fabricant, uma casa de moda exclusivamente digital, para a Mission Mag.
Quando Cathy Hackl, Jodee Rich e o RTFKT falam sobre identidade digital como pilar das relações do futuro, eles estão apenas chancelando o que já faz sentido para os Digi-sapiens.
“ A Geração Z considera seus avatares digitais uma extensão de si mesmos. Esta geração ama a individualidade e desafia as construções sociais. Portanto, faz sentido que, à medida que passam mais tempo em mundos virtuais, queiram se representar de forma única. Isso pode começar comprando produtos e roupas de marca, especialmente aquelas que se conectam a eles de forma autêntica”, explicou Samantha G. Wolfe, fundadora do PitchFWD e professora adjunta da NYU, à Forbes EUA.
Preparem-se para uma nova era em que os criadores levam suas personalidades para o mundo digital através das marcas do futuro, como o RTFKT. Lá o valor não é tangibilizado por patrimônio, mas pelo seu ecossistema composto por marca + comunidade. Este é apenas o começo.
Saiba mais sobre o RTFKT Studios:
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