Web3 x Streaming e gravadoras
Gm, Block Pointers. NFTs de música impulsionam artistas independentes e tornam-se meio para transformar criadores em organizações donas de seu próprio negócio
Das fitas aos mp3.s: NFTs despontam como sucessores das plataformas tradicionais de música
Nascido em Gold Coast, Jacob Lee não sofreu influências da cultura do surf em sua música. Começou como artista de rua no Surfers Paradise até chegar à terceira edição australiana do The Voice, quando foi treinado por Will I Am. Para tornar conhecido seu pop com traços de um R&B contemporâneo, apelou para o marketing no Spotify em busca de curadores de playlists independentes. A apresentação em forma de pitch, na maioria das vezes, não era respondida.
Hoje, Lee é um artista viral. Com 240 milhões de streams apenas no Spotify, ele acumula turnês independentes pela Europa, Ásia e Austrália. Nunca teve gravadora, empresário ou agência. O modo de trabalho descentralizado que o alçou ao topo das paradas, está levando o cantor e compositor de 27 anos para a web3.
O SEGREDO: Jacob Lee fala sobre como conquistou 240 milhões de streams sendo um artista independente
A partir desta sexta-feira, você poderá tornar-se sócio do australiano, que lança “Break My Heart Again” via Royal. A plataforma de música em rede que permite aos fãs adquirirem direitos musicais por meio de NFTs, está abrindo caminho para artistas independentes como Jacob Lee.
Os NFTs de música despontam como um novo meio inserido dentro de um movimento maior para afrontar a hegemonia das gravadoras e dos serviços de streaming.
Música NFT: são arquivos de áudio tokenizados de quantidade fixa. A principal característica é o próprio áudio, normalmente representado como .mp3 ou .wav. É como você comprar uma faixa no iTunes, porém agora você tem uma cópia limitada que pode revender para outra pessoa
BOM NEGÓCIO: Sócio da Royal, rapper NAS lançou suas primeiras músicas NFTs através da plataforma
Por meio dos tokens, criadores com público menor e de nicho na web3 podem superar aqueles que ostentam milhões de ouvintes nas plataformas da web 2.0, que têm um modelo de negócio muito desproporcional na divisão dos ganhos.
Web 2.0: você se inscreve em uma plataforma, cria seu conteúdo, entrega este conteúdo à plataforma, que o distribui, cedendo uma participação minoritária da receita gerada
Dados levantados pela Alpha Data, empresa parceira da publicação Rolling Stone, mostram que 90% da receita dos streams foram direcionados para 1% dos artistas mais ouvidos entre em 2019 e 2020.
Para começar a entender a desigualdade e o monopólio deste mercado, veja os dados sobre a evolução das receitas de streaming como porcentagem das receitas totais da indústria musical:
Agora, compare com a distribuição do dinheiro feita pelas plataformas aos artistas:
Dinheiro adiantado, agenciamento e distribuição em massa são estratégias que corroboraram para a sustentação do poder das gravadoras nas últimas décadas. Agora, este cenário é colocado em xeque quando a economia do criador é fortalecida pela web3, incentivando a autonomia artística.
A partir deste momento, os artistas assumem o controle criativo e os direitos de suas propriedades, podendo usar a música em perpetuidade.
Formatos oferecidos para a música através desta nova tecnologia, possibilitam maior rentabilidade e colocam os verdadeiros fãs perto dos músicos. São os admiradores e novos sócios que construirão uma comunidade forte e engajada responsável por consolidar o novo modelo de negócio do seu ídolo. É ganha-ganha para todos.
No ano passado, 140 músicos registrados na Catalog venderam mais de 350 discos combinando para uma arrecadação superior a US$ 1 milhão. O marketplace se posiciona como uma gravadora digital livre de plataformas, direcionando 100% das vendas para os artistas cadastrados.
Haleek Maul é um rapper e produtor norte-americano que está na Catalog. Com quatro músicas NFTs disponibilizadas lá, ele levantou US$ 261.000. Seguindo a mesma linha, Ibn Inglor, um rapper de Chicago, promoveu o lançamento de seu álbum para a comunidade e arrecadou US$ 92.000.
A web3 abriu um caminho sem precedentes para a música. Exemplos de artistas ganhando dinheiro de fãs endinheirados ocupariam várias edições da The Block Point.
Boa parte destes compradores de NFTs de música, ainda são entusiastas de criptomoedas que investiram apostando no sucesso deste formato. As compras são vistas tanto como ativos especulativos quanto posições ideológicas.
E essa é apenas uma das infinitas possibilidades da blockchain para este negócio:
Não podemos negar o poder conferido pela web3 aos criadores, transformando-os nas próprias organizações.
Acompanhamos vinil se tornarem fitas, CDs até os mp3s. Ainda vivemos na era do streaming de música, porém com prazo de validade para seu fim. Os NFTs são os sucessores naturais.
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
Um ponto de interrogação
Por aqui, complementamos nosso conteúdo e fazemos questionamentos
O poder na mão dos criadores exemplificado nesta edição a partir da música, pode ser levado a qualquer segmento que esteja na web3. É o fim dos intermediários.
Seguindo este raciocínio, a pergunta é: faz sentido uma Big Tech como o Meta cobrar taxas de até 47.5% de criadores para vender produtos digitais em seu Metaverso?
Momento NGMI - Not Going To Make It
Esse meme é digno de NGMI (mentalidade de quem não vai ser bem sucedido nesse universo). Ainda bem que vocês, Block Pointers, não cometem esses gafes. Aqui somos todos do time WAGMI!
WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
Afinal, conectar, democratizar, construir e pertencer a uma comunidade são os valores que irão nortear nossa jornada
Você, Block Pointer, estará dentro da maior transformação desde o surgimento da internet e nos ajudará a construir este futuro
Para isso, disponibilizamos nossa plataforma para que compartilhem suas ideias e experiências dentro da Web3.
The Block Point
Conectando entusiastas à tecnologia do futuro. Somos o agente de informação e o ponto de encontro para todos que participarão desta revolução.
Todas as terças e quintas-feiras, às 12:12, de forma simples e fácil de ser entendida, mostraremos as infinitas e ótimas oportunidades que a blockchain traz.
Até terça
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