Uma casa portuguesa (e crypto-friendly)
GM, Block Pointers. Portugal cria instituição pró cripto para ser hub europeu, e mira atenções para a Web3. No Porto, plataforma que encabeça iniciativas promove evento e convida The Block Point
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As novas navegações lusas
Portugal tem a oitava maior economia cripto da Europa ocidental e a sexta se for considerado somente os países que integram a União Europeia. Em termos per capita, os portugueses ocupam a terceira posição, atrás apenas de Holanda e Suíça.
No início de setembro, os lusos anunciaram a constituição da Federação das Associações de Cripto Economia (FACE), que tem como objetivo “a promoção da estabilidade nacional no setor de criptoeconomia, através de apoio na ação legislativa e esclarecimento da população portuguesa sobre as tecnologias blockchain no seu todo”.
O novo órgão é respaldado por três entidades que estudam a viabilidade da economia digital para o país, representadas pela Aliança Portuguesa de Blockchain (APB), a Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas (APBC) e o Instituto New Economy (INE).
A iniciativa endossa o plano de Portugal de tornar-se um hub cripto e das tecnologias emergentes da Europa nos próximos anos.
O fato de as criptomoedas e os ativos digitais ainda não serem tributados, favorece a consolidação de um ambiente crypto-friendly no país.
A despeito de políticos estarem se articulando para taxar os criptoativos, juristas acreditam que Portugal já encontra-se em posição de vantagem em relação aos demais europeus.
Para os especialistas em direito fiscal da Abreu Advogados, segundo trouxe o portal SapoTek, “é inegável que, não obstante todas as incertezas geradas pela falta de regulamentação legal e fiscal, Portugal continua a atrair muitos investidores em criptomoedas e outros ativos digitais, ainda que esta situação de falta de regulamentação não pode manter-se por muito mais tempo”.
Além de oferecer a isenção de impostos sobre ganhos de capital com criptomoedas, o país, sem falsa modéstia, elenca outras vantagens em relação aos vizinhos ricos:
“Este é um indicador que mostra como os preços relativamente baixos de Portugal, o bom clima e as infraestruturas modernas têm atraído uma nova geração de empreendedores e nômades digitais que trabalham nesta nova indústria”, dizem os integrantes da FACE.
O fomento deste setor capitaneado pelos projetos criptográficos vislumbra também alavancar a cena da Web3. Um destes movimentos está acontecendo no Porto via CryptoArtCulture, e terá a colaboração da The Block Point com outros empreendedores brasileiros e portugueses.
Na próxima sexta-feira, às 12h (horário de Brasília), nós participaremos do “Blockchain: uma nova era, um novo ecossistema”, promovido pela plataforma em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, uma das instituições mais respeitadas da Europa.
O evento, que vai até 21 de outubro, traz exposição de arte e um ciclo de onze conversas sobre a nova tecnologia. A The Block Point contribuirá com o painel sobre NFT, compartilhando nossa visão de como os produtos digitais podem alavancar marcas e comunidades e criar novas possibilidades de interações com os fãs.
Quem está por trás do projeto que mira desenvolver a cultura da Web3 no Porto é luso-brasileiro Marcus Ferreira. Designer por formação, ele identificou a falta de iniciativas na cidade e, desde o ano passado, colocou-se como uma das lideranças locais:
“(A Web3) ainda é muito modesta no país inteiro. Devemos destacar Lisboa, onde já acontecem algumas coisas. No restante do país, principalmente no Porto, porém, não tem muitas ações acontecendo, nem movimentos culturais. Existem coisas isoladas, incipientes. E nós procuramos fazer algo mais consistente.”
A CryptoArtCulture não se limita apenas a colaborar com artistas para criações suportadas pela blockchain. A empresa também é uma plataforma onboarding para levar educação aos portugueses.
“Somos uma plataforma dedicada à pesquisa, educação e desenvolvimento de projetos. Promovemos o acesso à informação, familiarizando pessoas e organizações sobre esta nova realidade tecnológica caracterizada pela descentralização e horizontalidade”, explicou Ferreira.
Simultaneamente aos painéis, o evento no Porto exibirá os trabalhos da Edição Megawatt, que está dentro de um projeto de fotografia de arte que engloba seis vídeos com animação 2D.
Apresentar obras digitais em uma exposição in loco faz parte do processo de educação e integração da plataforma. E o formato híbrido, que unifica o virtual e o real, é uma maneira de levar o tema para o mainstream.
“As exposições em galerias online são formas válidas de divulgação e comercialização do trabalho artístico porque vão além da fisicalidade e de suas fronteiras. Isso já é uma preparação para o boom do metaverso. Em termos de impacto visual e imersivo, nada substitui a fisicalidade de uma exposição em uma galeria. Aliás, muitas delas já estão atentas a essa transformação e adaptando seus espaços para a exibição de NFTs”, ponderou Ferreira.
O evento desta semana vai além da arte. Um dos cases de aplicabilidade da nova tecnologia que será apresentado é o do NFT Ticket Pass, a startup que oferece ingressos NFT, trazendo novas soluções via blockchain para a indústria de tickets.
A empresa tem como um dos fundadores o brasileiro Leandro Pontes, que mora em Lisboa há três meses. A ida dele para o país foi influenciada pelos incentivos oferecidos, especialmente na capital, para quem está empreendendo nesta indústria.
“Por um lado, é verdade que o movimento ainda é tímido em termos de volume de pessoas. Por outro, a variedade de culturas e de construtores da Web3 que estão chegando diariamente à capital portuguesa é bastante significativa. Toda pessoa nova que eu conheço tem ‘um amigo que trabalha com cripto’”, contou Pontes.
A CIDADE DO CONHECIMENTO PORTUGUESA EM NÚMEROS:
16 mil profissionais
160 empresas
20 startups
O empresário lembrou que em Oeiras, um distrito a dez minutos de Lisboa, já existe o Taguspark, um reconhecido parque europeu de ciência que, agora, poderá favorecer o encontro entre a Web2 e Web3. E, para ele, faz todo sentido estar envolvido neste ecossistema, pensando em escalar o negócio e na massificação da nova tecnologia.
“A NFT Ticket Pass é um fruto desse momento. Depois de morar nos últimos dez anos entre a Suíça e a França, sempre trabalhando com marketing, mídia e esportes, ter uma startup de ingressos para eventos esportivos e musicais que usa a blockchain como solução, com foco no Brasil e na Europa, tem sido muito bom. E estar em Lisboa é importante.”
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
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WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
Afinal, conectar, democratizar, construir e pertencer a uma comunidade são os valores que irão nortear nossa jornada
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