The Music NFT Guy
GM, Block Pointers. Daniel Allan entra no mapa da música Web3 alavancado por 87 super fãs, que tornaram-se acionistas do seu negócio de produções lançadas em plataformas descentralizadas
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O electropop made in Kentucky prospera na capital do entretenimento
Daniel Allan foi um dos integrantes do painel promovido na mansão do Afterparty, na última quinta-feira. A empresa que empodera a creator economy na Web3 levou o produtor para falar sobre música na era da internet descentralizada em sua luxuosa mansão em West Hollywood.
Há dois anos, o glamour de Los Angeles era limitado a Allan até a porta das mansões onde ele deixava alimentos como entregador da Instacart, uma plataforma de food delivery.
O trabalho paralelo servia para ajudar a pagar as contas desde a mudança de Louisville, Kentucky, para capital do entretenimento, em busca de transformar a paixão pela música em uma carreira definitiva.
Apesar dos CD’s dos Beatles dados pelo pai e da influência da mãe para a música clássica, Allan criou um estilo peculiar para produzir electropop encorpado por elementos de vários gêneros.
A escolha para estar no stage do Afterparty não aconteceu por ocaso. Daniel Allan foi colocado no mapa da música Web3 como o 'The Music NFT Guy’.
Nos últimos 15 meses, o produtor e seus trabalhos reafirmaram a co-propriedade como uma possibilidade bem viável para a promoção de artistas independentes.
E Glass House, o segundo EP digital lançado por Allan, ratifica a posição de destaque, e seu entendimento de como usar a descentralização e a construção com os fãs para despontar e ser um dos rostos desta cena.
Em 20 de julho, todos os 1.000 colecionáveis digitais do álbum foram esgotados em 24 horas. As vendas dos NFTs resultaram em US$ 136.000.
No total, o artista de 15 milhões de streams multiplataforma acumula mais de US$ 600.000 em volume comercializado de suas tracks digitais.
Como parâmetro, 3LAU, Steve Aoki e Deadmau5, veteranos da indústria fonográfica, são alguns dos poucos artistas que já bateram a casa do milhão com músicas/álbuns digitais.
“Sempre tive curiosidade de entrar em outros caminhos da música e da produção musical. Web3 e música NFT me encorajaram a experimentar mais, dando a liberdade de mergulhar totalmente e produzir a música mais honesta que já fiz. Eu só quero fazer a música da qual mais me orgulho”.
Para compreender a ascensão de Daniel Allan esqueça os números isolados. A história do produtor alçado ao mundo da Web3 sem empurrão de gravadoras e empresários é contada a partir da criação de uma relação autêntica e fiel com seus mil fãs.
Até o início de 2021, os 200 seguidores no Twitter jamais seriam suficientes para emplacar a carreira do produtor através dos meios usuais oferecidos pela indústria tradicional.
Ter um momento viral no TikTok e fazer mixagem e masterização também não apeteciam a ambição de Allan, que gostaria de fazer músicas no nível das produções de Odesza, Flume e Kanye West, as suas maiores inspirações.
Após um show no quintal da casa de um amigo de Los Angeles em que pessoas influentes da música local foram convidadas, o produtor recebeu ofertas de algumas gravadoras. Porém, recusou todas. Para a Billboard, relatou o motivo: os números não batiam. Um contrato exclusivo para três álbuns renderia menos financeiramente do que ele já estava ganhando com trabalhos independentes.
“À medida que me aprofundava no mundo das gravadoras para perseguir a arte em tempo integral, percebi o quão difícil era desistir da minha propriedade por muito pouco em troca”.
Nesta mesma época, Daniel Allan foi apresentado à Catalog, uma plataforma que permite lançamentos de músicas em forma de colecionáveis digitais. Até então, haviam só dez artistas experimentado o formato.
“Eu não tinha muito a perder”.
A aposta às cegas surpreendeu. Nomes influentes da Web3 compraram as faixas. Entre eles, Brett Shear, sócio do DJ e produtor Kygo em um fundo de projetos blockchain.
No fim, as seis tracks digitais vendidas por um total de US$ 7.600 motivaram o artista a mergulhar de vez na Web3. E como se deu este processo?
“Passava oito horas por dia no Twitter e no Discord. Enviava mensagem para todos, de produtores a colecionadores de música NFT. Eu sempre fui a pessoa mais estúpida da sala, e isso significava que apenas 5% das pessoas me retornavam”.
O trabalho imersivo de estudos e conexões resultou em 87 apoiadores para o lançamento de Overstimulated, que seria o primeiro EP NFT do produtor. Os primeiros fãs da comunidade que estava sendo erguida toparam a inusitada proposta para tornar o álbum real: Allan pediu um adiantamento de 50 ETH (US$ 154.686, segundo cotação da época) em troca de oferecer 50% da propriedade comercial através de tokens.
“Isso equivale a um contrato de gravação para um artista muito maior do que eu”.
Em 7 de janeiro, Overstimulated chegava ao mercado acompanhado por um curta-metragem com imagens surrealistas para melhorar a experiência de audição.
A partir deste momento, Daniel Allan também deixava de ser somente artista e produtor. Ele tornou-se o CEO do seu negócio e deveria responder a 87 acionistas que tinham forte interesse em impulsionar a carreira dele.
“Chegou a um ponto em que não conseguia falar. Eu tinha 14 horas por dia de telefonemas”.
Durante a curta trajetória, o músico aprendeu a ter a Web3 como grande aliada, porém mantendo no radar as plataformas tradicionais. Em setembro, as faixas de Glass House serão disponibilizadas no streaming.
“Todo o projeto estará disponível para transmissão em todos os lugares em 30 de setembro”.
Sem deslumbrar-se com os cases de sucesso e com o status de o cara da música NFT, Daniel Allan acredita que a Web3 trará mais artistas e indicará novas possibilidades que ainda não foram exploradas.
“Já tive muitos fracassos. Estou tentando ser público e vocal. Estamos escrevendo uma história, mas acho que não tenho o caminho perfeito traçado”.
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