Os heróis da discórdia
Gm, Block Pointers. Resultados da primeira coleção digital do Liverpool provocam críticas severas de torcedores e da imprensa. Os Reds erraram? Nós contextualizamos o cenário para vocês
(Com NFTs) You'll Never Walk Alone
Falha, Fracasso, Flop.
Foi desta maneira que o Liverpool estampou as manchetes da imprensa britânica nos últimos dias. As críticas e o tom sarcástico nada têm a ver com o futebol. Na semana que antecede o duelo direto contra o Manchester City e que pode dar a liderança da Premier League ao time de Jurgen Klopp em caso de vitória, os Reds tornaram-se motivo de insatisfação por causa dos NFTs. Campo, bola e possibilidade de títulos foram minimizados.
A ira ganhou coro de torcedores e da mídia que dispararam seus questionamentos em direção aos resultados da primeira coleção de NFTs lançada pelo clube no último dia 30: somente 5,7% (9.721) dos 171.072 Heroes Club foram vendidos, gerando uma receita de US$ 1,4 milhão.
- Leilão com 24 itens: US$ 744.750
- Maiores lances: NFT do Salah (US$ 88.200) e do Klopp (US$ 81.900)
- Preço médio dos NFTs: US$ 75
Quando o clube transformou seus jogadores em super heróis com poderes que remetem à personalidade de cada um deles, a expectativa era de alta adesão e uma arrecadação superior a US$ 10,5 milhões, com metade sendo destinada à LFC Foundation, a instituição de caridade oficial do clube.
Nem mesmo a proposta original e criativa e os benefícios tangíveis viabilizados através dos NFTs, como participação em hangouts e comunidades exclusivas e descontos em lojas, empolgaram os fãs.
Será que realmente o Liverpool flopou? Qualquer conclusão não pode ser tomada antes de se entender em qual página o futebol inglês está em relação à blockchain e seus produtos.
Enquanto a La Liga e a Bundesliga puxavam a fila para liderar o pioneirismo do futebol dentro da web3, a Premier League relegou sua vanguarda à escanteio e adotou um discurso cético.
A mais lucrativa e organizada liga do mundo via a invasão dos tokens e colecionáveis digitais como um mercado fraudulento e especulativo e que poderia deixar seu torcedor vulnerável a golpes. Além de ferir questões ambientais e, consequentemente, ir contra o acordo assinado pela entidade para fazer parte do Quadro de Ação Climática da ONU Esportes.
Com sucesso, esse discurso foi vendido aos seus mais de 13 milhões de fãs. Milhares deles compraram a ideia da proteção camuflada de afronta à nova tecnologia.
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Considerando este cenário, faria sentido para o Liverpool gerar expectativa de sold out em duas semanas de um produto totalmente inovador direcionado para um público que pouco foi educado sobre o tema?
Não ensinar aos fãs foi um erro crasso que o Liverpool cometeu. Ao invés de trazer uma versão que tripudiava a fala da liga inglesa, mostrando a importância e os benefícios dos NFTs, o clube conversou muito pouco com seu torcedor.
E os projetos NFTs são feitos e sustentados por uma comunidade forte e engajada, que encampa uma causa e compactua com os propósitos trazidos por ela.
Como consequência, o maior golaço do projeto ainda não foi emplacado. Para os Reds, era uma coleção de obras digitais que não deveriam ser consideradas como investimento, mas um colecionável único para levar a magia do “You'll Never Walk Alone” à Web3. Seria o início de algo maior.
O Liverpool entendeu bem que deveria entregar valor ao seu fã através de uma nova tecnologia. Porém, executou mal.
Um ponto de interrogação
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Apesar da resistência, a Premier League está cedendo aos encantos da blockchain. Em negociações desde fevereiro para a venda dos direitos de licenciamento de NFTs, a liga chegou a um acordo com a ConsenSys e a Dapper Labs, segundo o Athletic. A informação ainda não é oficial.
As ofertas podem gerar contratos entre US$ 300 milhões e US$ 590 milhões nos próximos quatro anos.
A Premier League realmente tinha convicção de suas teses duvidosas sobre os NFTs ou era uma estratégia para ela abocanhar sozinha as cifras astronômicas, impedindo que os clubes negociassem e tivessem seus próprios acordos com outras plataformas?
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