O seu novo compositor favorito
GM, Block Pointers. Levada ao mainstream por causa de avatares, inteligência artificial (AI) tem sido integrada à indústria musical para alçar formato de co-criação desenvolvido por machine learning
Se você não é assinante da The Block Point, junte-se à comunidade e fique por dentro da maior transformação desde o surgimento da internet: a Web3. Neste período de Copa do Mundo, sairemos todas as terças-feiras às 12:12 - é de graça.
Você está preparado para músicas com vocais gerados por AI?
O ‘Envolvimento Indireto do Artista’ diz respeito a projetos de geração de receita que usam a marca dele sem que o artista real precise estar envolvido.
Em 2020, com a ausência de shows ao vivo em decorrência da pandemia, a variável tornou-se a principal fonte de arrecadação da HYBE, a gigante da música de capital aberto por trás do fenômeno BTS, o grupo masculino sul-coreano de K-pop.
Pela primeira vez, no ano passado, a HYBE ultrapassou US$ 1 bilhão em receitas, tendo como o maior impulsionador orgânico o negócio de “Artista Indireto”, que respondeu por mais de 60% do faturamento.
Foram US$ 640 milhões gerados, o que significou um aumento de 72,8% em relação ao ano anterior.
Esta variante foi a que entregou mais rendimentos à empresa em todos os trimestres de 2021, sendo ultrapassada somente pela linha de receitas ‘Envolvimento Direto do artista’ no primeiro trimestre deste ano.
Os resultados aceleraram o modo diversificação de receitas, que incluiu um negócio de jogos e um programa de audição global. E para 2022, a HYBE mirou a inteligência artificial (AI).
Há dois meses, a empresa desembolsou US$ 31 milhões para adquirir os 82% restantes da Supertone, a startup de som de AI com sede na Coreia do Sul. A primeira participação havia sido comprada no ano passado.
Fundada em 2020, a Supertone afirma ser capaz de criar “uma voz hiper-realista e expressiva que não é distinguível de humanos reais”. Ela ganhou os holofotes por causa da sua tecnologia Singing Voice Synthesis (SVS).
Através deste recurso, foi possível ressuscitar a voz da superestrela do folk sul-coreano Kim Kwang-seok, com a nova versão gerada por IA aparecendo no programa de televisão Competition of the Century: AI vs Human.
Choi Hee-doo, COO da Supertone, explicou à CNN, que a tecnologia da empresa estudou cem músicas de 20 cantores para refinar seu estilo e, depois, aprendeu mais dez músicas específicas de Kwang-seok.
A Supertone garante que a imitação da voz do artista é perfeita o suficiente, sugerindo que podem ser criados conteúdos também para artistas vivos.
“Se o BTS usasse nossa tecnologia ao fazer jogos ou audiolivros ou dublar uma animação, por exemplo, eles não teriam necessariamente que gravar aquele áudio ao vivo pessoalmente”, explicou Hee-doo.
A geração de vocais sem contribuição direta de um músico ou banda já é uma realidade na China
Com mais de mais de 800 milhões de usuários ativos, a Tencent Music Entertainment (TME) está hospedando mais de 1.000 músicas com vocais produzidos com AI.
A faixas foram construídas por meio do Lingyin Engine, a tecnologia proprietária da plataforma de streaming voltada para o mercado chinês.
“A tecnologia patenteada de síntese de voz pode replicar de forma rápida e vívida as vozes dos cantores para produzir canções originais de qualquer estilo e idioma”, disse a TME.
Uma destas tracks criadas pela TME chama-se ‘Today’, e já foi transmitida mais de cem milhões de vezes na internet, segundo dados da empresa.
Para incrementar seu negócio, a Tencent anunciou, ontem, a estreia de Lucy, sua artista virtual que tem as composições feitas por meio da AI.
TRENDING TOPICS: Nas últimas semanas, o Lensa levou milhares de pessoas a postarem nas redes sociais seus avatares criados pelo aplicativo que usa inteligência artificial. Simultaneamente ao sucesso viral do app, outro produto desenvolvido pela tecnologia está despertando o interesse/curiosidade do público. O ChatGPT é um serviço que oferece serviços distintos como responder perguntas, resolver equações matemáticas, escrever textos, depurar e corrigir códigos, traduzir idiomas, criar resumos de textos e fazer recomendações. Ele foi treinado usando o Reinforcement Learning from Human Feedback, um método que utiliza o feedback humano para ajustar os modelos de AI. Todo o seu raciocínio é feito a partir das informações de textos que foram inseridas nele. Já são mais de um bilhão de usuários registrados. O produto foi desenvolvido pela OpenIA, uma instituição sem fins lucrativos focada em pesquisa para AI fundada por Elon Musk.
Diariamente, os serviços de streaming globais recebem 100.000 músicas. Diante deste cenário, fica a pergunta: haverá espaço para novo negócio de música AI?
Os movimentos recentes do TikTok e Spotify em direção a esta inovação sinalizam uma resposta positiva.
Neste ano, a ByteDance, controladora da rede social, lançou o Mawf, um aplicativo de criação de música baseado em machine learning. Recentemente, o Sponge Band, outro app para gravação e edição com ferramentas de AI, foi desenvolvido para a China.
Existe uma procura intensa da empresa por profissionais “altamente qualificados” em machine Learning e AI para música.
No segundo semestre deste ano, a ByteDance anunciou vagas nos Estados Unidos e China. Uma delas busca um Cientista de Pesquisa em Síntese de Fala responsável por “liderar pesquisas para avançar a ciência e a tecnologia em Processamento de Linguagem Natural e de Fala”.
Outra oportunidade é para um Pesquisador Científico em Criação Musical (Sami), que terá a função de “conduzir pesquisa e desenvolvimento de ponta em ferramentas de criação musical.”
Assim como a ByteDance, o Spotify foi às compras e apostou na Sonantic, uma plataforma de voz de IA que afirma ser capaz de criar “vozes convincentes, diferenciadas e incrivelmente realistas a partir de texto”.
A startup londrina, adquirida em junho, assegura que sua “tecnologia está pronta para revolucionar a produção de jogos e filmes”.
Surgida em dezembro de 2018, a empresa pertence a Zeena Qureshi e John Flynn, que acumulam experiência em fonoaudiologia para produção de som em Hollywood.
Foi a Sonantic que construiu um modelo de voz AI personalizado para o ator Val Kilmer no filme Top Gun.
Em meio a diversas iniciativas lideradas por entrantes ou players tradicionais, o mercado já impactado por novos modelos oriundos da Web3 estará pronto para absorver simultaneamente a AI?
Para Stef Van Vug, fundador da Fruits Music, a startup holandesa que se descreve como uma empresa de música e tecnologia especializada na promoção de playlists por meio de marketing criativo, é preciso ter um entendimento maior sobre os direitos autorais e a relação com as gravadoras.
O QUE É A FRUITS MUSIC? A startup que promove playlists com faixas de 30 segundos propõe novo modelo para pagamento de royalties
“O que acontece quando os antiquados sistemas de royalties da indústria da música são obrigados a processar música baseada em AI? A ascensão da AI trará muitos benefícios e desvantagens para todos na indústria. Mas um ponto de discussão importante é óbvio: as grandes gravadoras estão sentadas no topo de uma mina de ouro de catálogo e propriedade intelectual amplamente inexplorada e subexplorada. Grande parte desse IP foi congelado sob uma geleira por quase um século. Até agora, nenhuma empresa foi capaz de criar e comercializar em massa um catálogo original de tal escala e padrão premium que pudesse competir com as principais empresas de maneira significativa”, ponderou Van Vug.
Mais do que o desbloqueio por parte das gravadoras, Van Vug ressalta que será imprescindível ter um modelo de escala sustentável que contemple criadores e consumidores.
“A IA está prestes a mudar tudo isso? Pode ser. Talvez uma tecnologia como essa se torne o 'compositor' de sucesso de amanhã. Vamos enfrentá-la quando todos tiverem acesso aos mesmos recursos para criar uma grande arte musical graças à AI. Assim, os melhores profissionais de marketing, cientistas de dados, contadores de histórias e construtores de marcas do mundo se destacarão nesta nova iteração da indústria da música”.
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
Yuga Labs e Moonpay enfrentam processo envolvendo celebridades que promoveram NFTs
Starbucks Odyssey: Starbucks lança plataforma de recompensas Web3
A NASCAR agora tem sua própria linha de cartões colecionáveis digitais
VeeFriends, coleção de NFT do Gary Vee, lança coleção de roupas de inverno 2022
WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
Afinal, conectar, democratizar, construir e pertencer a uma comunidade são os valores que irão nortear nossa jornada
Você, Block Pointer, estará dentro da maior transformação desde o surgimento da internet e nos ajudará a construir este futuro
Para isso, disponibilizamos nossa plataforma para que compartilhem suas ideias e experiências dentro da Web3.
The Block Point
Conectando entusiastas à tecnologia do futuro. Somos o agente de informação e o ponto de encontro para todos que participarão desta revolução.
Todas as terças e quintas-feiras, às 12:12, de forma simples e fácil de ser entendida, mostraremos as infinitas e ótimas oportunidades que a blockchain traz.
Até terça
Nossas edições chegam sempre por volta das 12:12 em sua caixa de entrada. Pode acontecer de você não nos encontrar em sua caixa principal… caso isso ocorra, cheque seu spam e a parte de promoções.