Nova era para os shows
GM, Block Pointers. Listamos os principais cases do uso da blockchain no entretenimento ao vivo, destacando as marcas que lideram este movimento. No Brasil, Festival Turá se junta a outras iniciativas
A cultura do festival escala com a web3
Após uma década na Playpass levando soluções de pagamento sem dinheiro para festivais, Steve Jenner abriu o próprio negócio. No mês passado, ele lançou a MetaFests. Desta vez, ao invés das pulseiras RFID (identificação por radiofrequência), serão produtos digitais oriundos da blockchain.
“ O sucesso do NFT do Coachella, seguido por minhas próprias conversas com vários organizadores de festivais proeminentes do Reino Unido e da Europa, me inspiraram a tornar esses novos canais acessíveis a qualquer evento”.
O vasto conhecimento sobre o setor e a ampla rede de contatos não foram os únicos motivos que impulsionaram Jenner a criar a empresa. O momento para apostar na Web3 remonta a um episódio pitoresco vivido por ele na carreira.
“A Web3 me lembra dos primórdios da internet. Eu mantenho em minha casa uma carta emoldurada de um organizador de festivais muito importante me informando, em 1999, que ele nunca venderia um único ingresso pela internet. (Ela foi) enviada a mim dois anos antes de eu vender todo o seu estoque online pela primeira vez”.
Ainda não podemos cravar que em dois anos os festivais de música estarão vendendo NFT tickets ou fornecendo experiências somente através de colecionáveis digitais. A certeza, porém, é que já existe um movimento capitaneado por marcas e empresas relevantes para tornar esta nova tecnologia uma realidade.
No último fim de semana, o Electric Forest usou a blockchain para gerar experiências em plena Sherwood Forest, em Michigan, durante quatro dias. O evento que celebra arte, natureza e música, criou dois tipos de tokens simbolizados por pinhas que davam cinco níveis de benefícios.
O projeto foi assinado pela vertical de entretenimento desenvolvida pela Autograph, co-fundada por Tom Brady, em parceria com a AEG, segunda maior promotora de música do mundo.
Antes do Electric Forest, o BUKU Music + Art Project, em Nova Orleans, estreou a parceria entre Autograph e AEG com um leilão NFT de obras de oito artistas de grafite que garantiram benefícios para a edição de 2023.
Brady, o goat da NFL, rapidamente diversificou seu negócio que posiciona a imagem de atletas e de celebridades na Web3 para não perder as possibilidades que esta indústria proporcionará no universo digital.
“A cultura do festival cria uma oportunidade para construir e organizar comunidades em escala usando a Web3”, disse Dillon Rosenblatt, CEO da Autograph.
Marcas que se consolidaram através de comunidades gigantes erguidas na década passada, entendem que o momento é de dar o próximo passo para levar seu público ao ecossistema digital. É o que o Tomorrowland está fazendo.
Na última sexta-feira, uma carga extra de 100 entradas foi colocada à venda no marketplace Magic Eden para o primeiro teste do festival com o NFT Ticket. Os 600.000 ingressos para os três finais de semana da edição de 2022 haviam se esgotado em março em apenas dez minutos.
Há três semanas, a organização abriu a lista para compra através do canal no Discord, dando prioridade aos detentores dos colecionáveis lançados há quatro meses.
Desde o anúncio do projeto em parceria com a FTX, em fevereiro, o Tomorrowland entendeu que sua entrada na Web3 é uma construção de longo prazo.
Foram lançados 1.500 NFTs para o Tomorrowland Winter, na França, e outros 5.000 para a edição na Bélgica, em julho.
As “experiências mágicas” prometidas são fielmente cumpridas. Antes mesmo do evento em Boom, o festival proporciona momentos únicos para os fãs, e que estão conectados com o DNA da marca.
No mês passado, foram sorteados cinco Tomorrowland Vinyl Compilation. As caixas customizadas traziam cinco LPs com uma compilação das 30 faixas mais marcantes do festival entre 2015-2019. Os holders também foram presenteados com uma garrafa de espumante personalizada com o tema Solo Vida.
Antes do Tomorrowland, a FTX levou os colecionáveis digitais para o Coachella. O primeiro grande festival do mundo a adotar a tecnologia blockchain para elevar as experiências dos fãs, fez leilão de dez passes vitalícios, vendeu outros 10.100 tokens com benefícios e distribuiu NFTs gratuitamente no evento.
No fim, 63.000 dos 750.000 participantes que foram a Indio durante seis dias de festival utilizaram produtos digitais.
Para 2022, o EDC Las Vegas foi além das experiências desbloqueadas por meio de colecionáveis digitais. Com patrocínio da Coinbase, o evento criou uma casa pixelada para o seu primeiro human profile picture NFT. A corretora convidava os presentes a cunhar in loco o colecionável da própria foto de perfil.
No Brasil, o Turá, realizado pela TF4, é o primeiro festival que envolve um grande player do entretenimento nacional e testa produtos da blockchain. Apresentamos o projeto na última edição.
Antes, o Grupo Privilège , em parceria com a NFTrend, lançou um cartão fidelidade NFT que dava acesso ilimitado à boate entre dezembro e março. No mês passado, o cantor Milton Nascimento iniciou a turnê do seu show de despedida com 400 ingressos NFT. As artes digitais representavam um desenho feito à mão pelo artista durante a infância. Além da entrada, os tokens garantiam um passe extra para um acompanhante, coquetel com convidados especiais, um kit exclusivo e o ativo digital como recordação.
Ainda em março, o festival Noites Cariocas lançou 400 colecionáveis criados pelo artista plástico René Machado durante os oito dias de evento. Os compradores receberam um certificado físico personalizado atestando a autenticidade da obra.
A tecnologia da próxima década é sobre aprimorar conexões e fortalecer comunidades para alavancar marcas. O entretenimento está trazendo as primeiras possibilidades e mostrando como a web3 vai muito além de ser apenas uma possível fonte de novas receitas. E quem agradecerá é o público, quando entender melhor que trata-se de um movimento definitivo.
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