Instagram goes to community
GM, Block Pointers. Antes de anunciar marketplace para produtos digitais, Instagram reativa projeto de comunidade escanteado há seis anos de olho no futuro da rede social
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O novo padrão de engajamento
O Financial Times foi bem duro com o Instagram. Na semana em que a plataforma anunciou que está agregando um marketplace para comercialização de produtos digitais, a renomada publicação inglesa tratou a iniciativa como “Meta tries to revive the NFT party.”
A abordagem feita somente pelo viés mercantilista, questiona a estratégia em meio ao crash do mercado de criptoativos, e diz, categoricamente, ser uma tentativa desesperada da Meta para estancar a sangria ocasionada pela redução de 75% do valor da empresa este ano.
“Claramente, será preciso mais do que um abraço de NFTs para recuperar os US$ 89 bilhões da capitalização de mercado da Meta, mas a empresa parece comprometida.”, ironizou o FT.
Para divulgar os novos recursos que permitem a criação do próprio NFT, a Meta escolheu a Creator Week, o evento promovido por ela para se posicionar como uma incubadora de criadores.
Disponibilizar ferramentas de ponta a ponta para gerenciar a venda e compra de colecionáveis não é a única motivação do Instagram para empoderar a creator economy com meios de Web3 dentro de sua plataforma centralizada.
Veja nossa edição de 6/10 que mostra como uma startup explora o gap do mercado para alavancar creator economy com a Web3:
Estabelecer vínculos mais leais entre criadores e fãs é um dos pilares da nova internet. Construir e capacitar comunidades será o novo padrão de engajamento.
E é justamente em função da mudança no formato de interações que a rede social despertou o senso de urgência para reativar os planos para formação de comunidades por meio dos seus mais de dois bilhões de usuários.
Why Instagram Waited to Launch Group Features? O The Information, a conceituada publicação de negócios norte-americana, trouxe bastidores até então não revelados que respondem a pergunta da reportagem veiculada no último dia 26, semana anterior à divulgação da grande novidade da rede social.
Em 2016, a equipe do Instagram lançou uma funcionalidade voltada para criação de comunidade, porém a iniciativa esbarrou na resistência de uma frente que via o mecanismo como competidor dos grupos do Facebook.
A objeção praticamente esvaziou o projeto quando ganhou coro de Mark Zuckerberg.
“Embora características da comunidade como grupos no Instagram fizessem sentido, os líderes seniores não queriam que o Instagram canibalizasse os grupos e as características dos eventos do Facebook - duas áreas que permaneceram populares entre os utilizadores, mesmo quando a relevância da aplicativo azul diminuiu”, contou o The Information.
A ÉPOCA DE OURO DO INSTAGRAM: 2016 foi o ano mais disruptivo da rede social que alcançou a marca de 600 milhões de usuários. Na ocasião, foi introduzido o algoritmo de feed e lançado o Stories copiado do Snapchat. A rede também adicionou perfis comerciais, zoom, filtragem de comentários e tags de compras. Em dezembro, a plataforma se consolidava como a terceira com o maior número de contas ativas.
A reviravolta aconteceu no momento em que a obsessão de Zuckerberg pelos mundos virtuais direcionava a empresa para outros rumos.
Foi então que Adam Mosseri, o chefe do Instagram, aproveitou a brecha para reativar o projeto com um primeiro objetivo bem definido: cortejar a geração Z cada vez mais inclinada ao TikTok.
Há dois meses, o Instagram começou a testar a nova feature chamada Group Profiles. Por meio deste recurso, os usuários podem publicar conteúdos de interesse em comum em um perfil compartilhado.
Apenas usuários selecionados do Canadá foram escolhidos para a primeira experimentação. Entre eles está Kevin Parry.
O influenciador acumulou 1,3 milhão de seguidores no Instagram e mais de um milhão de assinantes do YouTube com vídeos que vão desde simples ilusões na câmera até explicações sobre stop motion.
Com a nova internet, o empoderamento de integrantes em uma comunidade gera participação mais ativa e, consequentemente, há um maior valor e influência.
A constatação muito bem colocada por Justin Peyton, especialista em marketing digital e novas tecnologias, pode justificar o formato estudado pelo Instagram para o futuro da rede social.
“O que mudou é que a tecnologia que sustenta a web tem se movido progressivamente para o engajamento em tempo real e para modelos que oferecem às pessoas o tipo de voz e valor que elas podem desfrutar ao se envolver em comunidades da ‘vida real’. O que isso significa é que as pessoas podem se sentir mais empoderadas como participantes de uma comunidade e, portanto, podem obter um valor mais consistente dela”, pontuou Peyton.
No novo formato proporcionado pela Web3, Peyton diz que a estratégia típica para entregar uma mensagem ao maior número possível de pessoas através do Go-To-Market muda para o Go-to-Community.
Traçando um paralelo com o Instagram e seus influenciadores, a nova internet prioriza mais engajamento e autenticidade em detrimento de milhões de seguidores e curtidas.
“O foco está no valor que você cria para as pessoas. O pensamento é que quanto maior o valor percebido de participação e inclusão dentro da comunidade, mais poderosa é a gravidade que atrai as pessoas para a comunidade. Isso, por sua vez, aumenta o alcance, o engajamento e o impacto, criando um círculo virtuoso”, explicou.
É no mínimo curioso analisar como o Instagram está se comportando no momento em que ele perde audiência considerável para o TikTok, e uma tecnologia emergente que prega a descentralização está em curso.
As validações em curso para construção de comunidades e o marketplace para produtos digitais acontecem quando a Meta, apesar da queda nas receitas trimestrais, viu um aumento de 4% do número de usuários em aplicativos da empresa.
Os vídeos em Reels também registram crescimento relevante: 140 milhões de plays por dia no Facebook e Instagram, 50% a mais comparado há seis meses.
Ainda é prematuro cravar sobre os reais impactos dos movimentos do Instagram em relação ao uso de recursos da Web3 e como usuários e os criadores reagirão e navegarão em uma plataforma com novidades que transitam entre o convencional e o descentralizado.
E a educação, que ainda não teve um plano detalhado pela plataforma, será primordial para chancelar este processo.
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
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WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
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