'Everywhere is Everton'
GM, Block Pointers. Enquanto promove rebranding e mira crescimento global, Everton desafia conservadorismo de sua história e leva moda digital para a Premier League
Se você não é assinante da The Block Point, junte-se à comunidade e fique por dentro da maior transformação desde o surgimento da internet: a Web3. Todas as terças e quintas-feiras às 12:12 - é de graça.
Camisas digitais para o novo fandom de futebol
A temporada 2012-13 da Premier League ainda não havia chegado ao fim, quando foram vazadas fotos do novo escudo do Everton, que estava costurando a mudança silenciosamente. O episódio provocou uma crise diplomática sem precedentes entre clube e torcida.
O brasão dos Toffees está enraizado na cultura e na história local, e seu atual formato remonta a 1938.
Com uma versão mais clean, o emblema não trazia o lema latino da instituição “Nil Satis Nisi Optimum” (Nada além do melhor é bom o suficiente) que acompanha a icônica Torre do Príncipe Rupert. Até uma petição foi criada para que a decisão fosse revertida. Alguns dias depois, o Everton abandonou o projeto.
O clube que acumula o maior número de participações na Primeira Divisão da Inglaterra, é conhecido também como o ‘clube do povo’.
O SIMBOLISMO DA TORRE DO PRÍNCIPE RUPERT: A Torre foi construída no século XVIII em Everton Brow para abrigar arruaceiros detidos durante a noite por promoverem desordem. Apesar de estar mais próxima de Anfield, o estádio do Liverpool, ela fica em frente à Mother Noblett’s, uma confeitaria que ganhou fama por suas balas e caramelos, que eram distribuídos aos torcedores e deu origem ao apelido do clube ‘The Toffees’. Em Liverpool, dizem que a loja tinha entre clientes a rainha Victoria e Charles Dickens. Os doces são fabricados até hoje.
No mês passado, o Everton começou o seu rebranding. A nova identidade impulsiona a estratégia digital que tem “forte foco nos fãs”.
Na primeira fase, foi apresentada a nova camisa, que deixou o brasão intacto. A DixonBaxi, responsável pelo projeto, ciente do episódio no passado, apenas reposicionou a Torre para que o escudo aparecesse reverenciado no uniforme. A empresa diz que “concentrou-se no coração e no espírito do clube” e trouxe uma campanha com lemas “Born Original” e “A Future We Create”.
Paralelamente à repaginação da imagem que mantém vínculos fiéis com sua história, o Everton viu a Web3 como uma oportunidade para amplificar seu processo de expansão global iniciado em 2021.
Sem cerimônias para o tradicionalismo inglês de suas origens, o clube anunciou, na última semana, a criação de sua primeira coleção de uniformes digitais licenciados para utilização em ambientes virtuais.
Tecnicamente, o produto é descrito como uma série de camisas digitais 'high-end’, que funcionam como wearables de moda e de conteúdo de mídia, permitindo uma experiência online 'hiper-imersiva' para os fãs.
A tecnologia é desenvolvida pela Fancurve. Recém-criada, a startup traz o conceito de moda digital para os esportes. Conectar fãs com avatares customizados de seus clubes é uma modalidade de fandom identificada pela empresa.
O novo tipo de engajamento apresentado na proposta de valor da Fancurve teve a adesão de figuras importantes do futebol e de players da nova tecnologia.
Liderada pelo Greenfield One, com sede em Berlim, a rodada que levantou US$ 6,25 milhões contou com as participações dos jogadores alemães Mario Götze e André Schürrle, além do OneFootball e Sorare.
E os laços da Fancurve com o futebol não se limitam ao seus investidores. Ela foi fundada por Chris Chaney, empreendedor de esportes e entretenimento, e Andrew Nestor, proprietário do Bologna.
Sim! O dono do clube italiano é um dos criadores da empresa que está levando camisas digitais para o Everton e o Real Betis. Os espanhóis foram os primeiros a firmar o acordo, em junho.
Com a expertise de investir em grupos esportivos e de mídia, Nestor adquiriu o Bologna em 2014, quando o clube estava na segunda divisão. Ele já foi proprietário do Tampa Bay Rowdies, clube de futebol da Flórida, e acionista e diretor de negócios da Dugout, empresa de conteúdo de futebol adquirida pelo OneFootball, em dezembro de 2020.
O negócio de roupas digitais levado ao Everton por expoentes da indústria do futebol, incrementa o plano de crescimento internacional apresentado pelo clube no ano passado. Ele é composto por seis pilares: aumento da base de fãs, parcerias estratégicas, desenvolvimento de marca e negócios, lançamento de uma academia internacional, turnê de pré-temporada no exterior e criação do Everton Feminino e Sub-23.
Nos últimos 12 meses, os Toffees promoveram uma série de ativações digitais na América do Norte e do Sul, com campanhas planejadas também para a Australásia, Extremo Oriente e Oriente Médio à medida que a expansão continua.
Nos Estados Unidos, foi desenvolvido o International Soccer Schools (EISS), o programa que instalou campos de futebol em 15 estados nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país.
Por lá, a audiência do canal do Everton no YouTube cresceu 743% nas últimas quatro temporadas. Houve também aumento de 54% do número de seguidores no Instagram e de 35,7% no Twitter.
Com nove títulos da Premier League, o Everton, hoje, é o nono clube com a maior base de fãs do futebol inglês: são pouco mais de 3,7 milhões.
Apesar da distância abismal para o top 6 - que é liderado pelo Manchester United e seus mais de 75 milhões de torcedores - o Everton desafiou o status quo do conservadorismo de sua torcida e história para ser pioneiro de um produto digital que pode contribuir para atrair e fidelizar novos fãs, independentemente onde estejam.
As camisas digitais chegam no exato momento em que o clube celebra o seu novo mantra. Não havia ocasião mais oportuna para a colaboração.
Afinal, 'Everywhere is Everton'.
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
Afinal, conectar, democratizar, construir e pertencer a uma comunidade são os valores que irão nortear nossa jornada
Você, Block Pointer, estará dentro da maior transformação desde o surgimento da internet e nos ajudará a construir este futuro
Para isso, disponibilizamos nossa plataforma para que compartilhem suas ideias e experiências dentro da Web3.
The Block Point
Conectando entusiastas à tecnologia do futuro. Somos o agente de informação e o ponto de encontro para todos que participarão desta revolução.
Todas as terças e quintas-feiras, às 12:12, de forma simples e fácil de ser entendida, mostraremos as infinitas e ótimas oportunidades que a blockchain traz.
Até quinta
Nossas edições chegam sempre por volta das 12:12 em sua caixa de entrada. Pode acontecer de você não nos encontrar em sua caixa principal… caso isso ocorra, cheque seu spam e a parte de promoções.