Eu sou o dono
GM, Block Pointers. Web3 alavanca descentralização e economia da propriedade, virando o jogo a favor do creator contra monopólio das empresas world wide web pela atenção e receitas
A luta pelo poder
Fincada em Hollywood Hills, uma mansão de dois andares com quatro quartos, seis banheiros e uma piscina exibe uma vista deslumbrante para o horizonte de Los Angeles. Geralmente às quintas, a casa é ocupada por muitos influenciadores e entusiastas da web3, que percorrem a íngreme e sinuosa Sunset Boulevard para chegar até a Afterparty House.
A Afterparty é uma espécie de Soho House descentralizado para creators. Lançada no ano passado, a plataforma vende Utopians, NFTs desenvolvidos por sua comunidade, que dão acesso a eventos autorais da empresa. Os primeiros aconteceram em março. Um evento em Las Vegas com The Kid Laroi e The Chainsmokers e uma festa do Super Bowl reuniram somente proprietários dos colecionáveis e seus convidados.
No início, foram distribuídos 500 tokens a criadores e influenciadores oriundos do Instagram e do TikTok em sua maioria. O objetivo, segundo David Fields, CEO da empresa, é promover uma colaboração com esses influencers para que eles comercializem os próprios colecionáveis. A Afterparty quer remodelar a economia do criador.
Os criadores de conteúdo ganharam os holofotes quando a web3 e suas promessas de descentralização tornaram-se tema recorrente na mídia e nas comunidades de entusiastas da blockchain.
Após 30 anos, as big techs nascidas na era da world wide web controlam a maior parte da atenção dos usuário e da receita de publicidade, e brecam o desenvolvimento de quem cria de maneira independente.
Qual é a realidade deste ecossistema?
Para detalhar a atual lógica por trás deste mercado, A The Block Point adotará o termo economia de propriedade trazido por Li Jin, cofundadora e sócia da Variant, uma empresa de capital de risco que investe na web3.
O conceito é resumido pelos produtos e serviços que definem a web3 e, consequentemente, transformam usuários em proprietários, contemplando ainda aqueles que se tornam possuidores das próprias redes que constroem.
A economia de propriedade não só dá poder, como permite que esses criadores se tornem donos mais cedo e participem do processo de criação de valor.
Segundo Jin, existem mais de 15.000 projetos alçados a partir deste propósito.
A despeito desta economia ser embrionária e ainda representar uma pequena fatia de todas as plataformas da internet, o seu crescimento é exponencial.
Em 2021, a Ethereum, uma das redes mais maduras que suportam a economia de propriedade, teve um aumento de 46% das contas médias. De acordo com o Financial Times e a Chainalysis, 2022 iniciou com mais de 360.000 proprietários de NFTs. A Metamask, carteira usada para se conectar a aplicativos descentralizados, anunciou mais de 32 milhões de usuários ativos mensais em fevereiro.
Enquanto os números explodem neste ambiente de alternativa descentralizada, de propriedade e operada pela comunidade, a conceituada empresa de capital de risco Andreeseen Horowitz divulgou, na terça-feira, o seu State of Crypto 2022 Report. E os dados endossam a revolução que a web3 está promovendo e o real poder que ela coloca nas mãos dos criadores.
No ano passado, as vendas primárias de NFTs baseados em Ethereum mais os royalties pagos aos criadores por comercialização secundária na OpenSea, renderam um total de US$ 3,9 bilhões, o quádruplo dos US$ 1 bilhão que a Meta destinou aos criadores até o momento.
A disparidade per capita, como classificou o estudo, é o aspecto que mais escancara o abismo entre o número de criadores e o valor pago. São 22.400 creators da web3 contra centenas de milhões de usuários em plataformas como Spotify, YouTube e Meta.
Podemos concluir que a grande maioria dos usuários de internet possui 0% dos serviços para os quais contribuem e os criadores, além de não serem os donos de seus conteúdos, são muito mal remunerados pelas plataformas tradicionais.
O Instagram, que é uma das big techs que colaboram para este cenário de desigualdade, anunciou na semana passada os primeiros testes para exibição e compartilhamento de NFTs na rede. O discurso foi apresentado em um tom amigável e solidário, destacando a importância da colaboração, especialmente para os pequenos influenciadores.
Elise Swopes, uma artista com 282 mil seguidores, foi escolhida pelo Instagram para postar o primeiro colecionável na rede. A arte nomeada como Where Focus Goes, Energy Flows havia sido vendida há um ano na SuperRare, um marketplace voltado para artes.
Inicialmente, os colecionáveis serão mostrados no feed, e, posteriormente, funcionarão como filtros de realidade aumentada (AR). O compartilhamento dos itens digitais será gratuito, apesar de Adam Mosseri, CEO do Instagram, dizer que a plataforma adotará futuramente as criptomoedas.
A nova jornada da internet mostra que a propriedade está se estendendo a todos os tipos de produtos e rede. O senso de pertencimento a uma comunidade incentivado via tokens torna-se uma ferramenta fundamental para levantar este ecossistema.
Marcas da web3 que lançaram um token, fizeram isso 2,7 anos depois de sua fundação. Do outro lado, empresas tradicionais apoiadas por venture capital, abriram capital 5,3 anos após o primeiro investimento.
A economia da propriedade traz uma base para novas experiências e que beneficia seus principais construtores: os criadores. E este será o caminho daqui para frente, com ou sem Instagram, Meta, Spotify…
Ponto de interrogação
Por aqui, complementamos nosso conteúdo e fazemos questionamentos
Mark Zuckerberg chama de “teste” os NFTs no Instagram e diz que a integração será “lenta”. Ao lado do Facebook e do WhatsApp, a rede está entro da família de aplicativos de Zuckerberg. Estes produtos sofrem com a mudança de política da Apple, que dificulta a venda de dados dos usuários.
O Facebook já tentou lançar sua própria criptomoeda. Quando apresentou seu conceito de metaverso, a empresa destacou como os NFTs poderiam impulsionar uma economia virtual.
A Meta, realmente, está empenhada em fazer a creator economy prosperar em um momento em que é colocada em dúvida pela web3, ou simplesmente está caminhando para gerar só mais uma fonte de receitas para o grupo?
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