Digital Twins
GM, Block Pointers. RTFKT lança inédita coleção com 60 itens que conectam sua contraparte digital ao ativo físico do mundo real. No Brasil, Reserva X apresenta primeiro produto neste formato
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Um novo ciclo de vida para o consumidor
Através de uma notificação push, você é informado que seu designer favorito está lançando um novo par de tênis de edição limitada. Você obtém um NFT com uma renderização do modelo que pode ser usado no metaverso. Antes mesmo de coletar os sapatos na vida real, o produto está sendo exibido no local de encontro online favorito. É possível também experimentá-lo com a lente de realidade aumentada (AR) do telefone. Depois, a janela de resgate é aberta e você adquire o item físico.
O novo ciclo de vida do consumidor foi descrito por Nic Carter, jovem fundador da Castlee Island Ventures, uma empresa de ativos digitais, que levantou no início do ano US$ 250 milhões para um fundo de criptomoedas e Web3.
Apesar de soar como “absurda”, segundo o próprio Carter, esta jornada está tornando-se uma realidade, capitaneada pela empresa que molda a auto-expressão no mundo virtual.
Na segunda-feira, a RTFKT anunciou a primeira temporada da sua coleção phigital, apresentada como a “próxima geração da moda desbloqueada pelo seu avatar”.
Agora, os wearables digitais que vestem os avatares do seu projeto Clone X, também estarão disponíveis na vida real para os proprietários dos colecionáveis desenvolvidos em colaboração com o artista japonês Takashi Murakami.
São 60 peças que incluem camisetas, moletons, jaquetas e tênis. Os bonés e as meias limitarão-se à versão digital, assim como os dez pares de tênis digitais RTFKT x Nike Air Force 1.
Os sneakers de tiragem limitada em colaboração com a Nike custarão entre US$ 30 e US$ 600. Holders dos Clone X puderam cunhar os NFTs ao longo da quarta-feira.
Acoplada aos produtos físicos há uma tag NFC, a tecnologia que permite a transferência de dados entre dois dispositivos próximos sem necessidade de fios. Elas podem ser vinculadas aos NFTs Clone X, assegurando benefícios nos próximos lançamentos e também o desbloqueio de experiências reais.
A coleção endossa, mais uma vez, o posicionamento da RTFKT como a marca da moda do futuro, que, na verdade, já é presente para seus criadores e colecionadores.
“Acreditamos que o futuro da moda será impulsionado pelas comunidades nascidas no metaverso. A RTFKT será seus criadores e artesãos exclusivos do metaverso de luxo. Os punks são a primeira comunidade com e para a qual estamos construindo, criando o projeto do futuro da moda como a conhecemos”, postou a marca no Twitter.
A proposta phigital tem ganhado a adesão de outras empresas, indicando o caminho que a indústria de bens de consumo poderá seguir.
Os produtos híbridos têm sido chamados de digital twins: uma representação virtual de objetos físicos do mundo real.
“Ao fazer a geminação digital de suas mercadorias físicas, as marcas podem emitir essas contrapartes digitais como tokens não fungíveis, incorporando todos os metadados relevantes e quaisquer características únicas específicas que tornam irrefutável a ligação entre um gêmeo digital e seu ativo físico do mundo real”, explicou Tom Vandendooren, insider de Web3.
Nic Carter, por sua vez, prefere nomear a mercadoria heterogênea como full stack, porque “você obtém o item inteiro, desde a instanciação física até sua forma platônica na renderização digital”. No fim, a ideia é entendê-los como algo único.
“O objetivo deve ser fazer com que os colecionadores pensem no NFT e no bem físico como inerentemente a mesma coisa, apenas existindo em diferentes reinos metafísicos”, justificou Carter.
O formato da coexistência na economia descentralizada é visto por Stephanie Howard como o “futuro da propriedade do produto”.
Responsável por desenvolver o icônico NB 850, o primeiro modelo da New Balance a não incluir a letra "N" na lateral, a designer levou sua expertise da NB, e depois Reebok e Nike, para fundar a Endstate.
A marca de tênis digitais combinados com produtos físicos assegura um par real vinculado ao NFT. Os calçados têm um chip embutido para autenticação e sua parte superior é feita com couro italiano.
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E o resgate do sneaker não implica na destruição de sua versão digital, que permanece sob posse do proprietário, garantindo benefícios a ele como um integrante da comunidade.
A Endstate prevê um “futuro onde todos os objetos de valor no mundo físico terão uma contrapartida digital”.
No Brasil, a Reserva X, a divisão de tecnologia da Reserva, anunciou, na terça-feira, a sua primeira coleção de tênis phigital.
O Spriz 2.0 virá com quatro modelos dentro de uma edição limitada. Os proprietários de Pistol Birds, os colecionáveis digitais da marca, têm acesso garantido à pré-venda e descontos.
Apesar de não fornecer muitas informações, a primeira divulgação da Reserva X garante a entrega do produto físico.
Digital Twins, phigital, full stack… Independentemente da nomenclatura, as marcas de varejo estão inserindo a propriedade real que reforça a utilidade da tecnologia emergente e a torna mais factível para uma grande maioria que não é early adopter. E este entendimento será fundamental para a massificação, mesmo que seja um processo bem gradativo.
“O futuro pode ser apenas produtos digitais, mas, por enquanto, as pessoas ainda gostam de relógios, carros, moletons e sapatos de verdade”, provocou Carter.
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