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GM, Block Pointers. Grandes corporações lançam produtos digitais e sinalizam que a web3 pode ser o futuro dos modelos de negócios das mídias
Extra! Extra! Vai uma edição tokenizada?
Há dois meses, Julian Holguin celebrava o primeiro produto NFT criado pela Billboard. A gigante de mídia musical anunciava o ChartStars em parceria com o Universal Music Group (UMG), e a previsão para lançar os primeiros colecionáveis em maio. O então presidente da empresa dizia que “pela primeira vez, os fãs de música terão a oportunidade de estarem ligados para sempre aos seus artistas favoritos”.
A evolução do projeto focado nos músicos que comemoram marcos nas paradas da Billboard terá de ser acompanhada a distância pelo executivo. Após 14 anos, Holguin deixou um dos maiores grupos globais deste segmento para se juntar ao Doodles, um projeto de apenas um ano de vida, que começou como uma coleção NFT e se transformou em uma marca de mídia e entretenimento líder na web3.
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DO TOPO DAS PARADAS AOS NFTs: Com um escopo multimídia, o ChartStars resgata os artistas e os sucessos que dominaram as paradas da Billboard, em um formato de colecionável com interações gamificadas. Os NFTs incluem fotos e clipes licenciados, que liberam acessos a eventos especiais do grupo. A plataforma será suportada pelo blockchain Flow.
Antes de sua saída, Holguin incrementou soluções da web3 às estratégias que transformaram uma publicação comercial B2B em uma marca de música referência para fãs, e não só leitores e ouvintes.
Além do ChartStars, a Billboard fez uma colaboração com a coleção NFT World of Women (WoW), trazendo capas exclusivas com Christina Aguilera, Madonna e Mariah Carey com o objetivo de acolher as mulheres no espaço digital dos colecionáveis.
EMPODERAMENTO: Como a Billboard levou uma das principais coleções NFTs para seu evento que coloca a cena feminina em destaque
O movimento da Billboard não é exclusivo, e está no contexto da corrida das empresas de mídia pela entrada nesta indústria. Da Forbes à Playboy, pelo menos dez grandes grupos lançaram projetos de web3 nos 12 últimos meses, procurando entender como este novo espaço pode agregar às organizações e como seu público é receptivo a esta tecnologia.
Além de um arquivo histórico único, os conglomerados de mídia acumulam uma audiência de milhões de pessoas e têm boa capacidade de acessar figuras públicas e celebridades. O desafio é saber como usar estas vantagens e inseri-las com êxito no ambiente da blockchain.
As iniciativas feitas até agora englobam desde vendas de edições ou seções tokenizadas a lançamentos que miram o longo prazo, focados na construção de comunidade e na entrega de benefícios.
O NY Times, por exemplo, tokenizou uma coluna escrita pelo especialista em tecnologia Kevin Roose, e colocou-a em leilão. Este NFT foi arrematado, em março do ano passado, por uma empresa de produção musical de Dubai, que desembolsou US$ 560.000 pelo item.
A Associated Press, por sua vez, comemorou seu aniversário de 175 anos completados em 2021 com dez representações artísticas digitais de suas fotografias mais emblemáticas, incluindo imagens raramente vistas, vendidas na OpenSea ( maior marketplace de NFTs do mundo).
Em janeiro, o grupo também lançou seu próprio marketplace para comercialização do acervo transformado em token.
“É uma jogada inteligente do ponto de vista da diversificação de receita. Este tipo de produto pode ressoar tanto com os leitores existentes, aumentando seu valor de vida útil, quanto para atrair um público totalmente novo entrando de uma perspectiva de colecionáveis”, analisou Ana Milicevic, cofundadora e diretora da consultoria Sparrow Advisers, em entrevista ao Business Insider.
São os nativos da blockchain e entusiastas que se tornam alvos de projetos como o da renomada Times. Em março, a revista divulgou a primeira edição completa disponível em NFT. O lançamento é seguido do TIMEPieces, uma coleção composta por capas com obras de arte originais, e que formou uma comunidade com mais de 25.000 artistas. Além de ter gerado US$ 10 milhões em receitas.
A Playboy segue a mesma linha ao priorizar o envolvimento com seus fãs no mundo digital. Recentemente, a icônica publicação criou a Rabbits, uma coleção com 11.953 personagens em forma de coelhos 3D NFT, que concedem aos proprietários acesso a eventos, produtos e obras de arte.
Anteriormente, a revista já havia promovido outros colecionáveis em colaborações com artistas e até eventos hospedados na Decentraland (plataforma descentralizada de realidade virtual).
“Se os NFTs decolarem entre os consumidores convencionais, como parece altamente provável, a falha pode acarretar um alto custo. Como mencionado acima, se as empresas de mídia não garantirem que seu conteúdo seja relevante no metaverso, elas perderão ainda mais tempo e atenção à medida que o uso do consumidor crescer. E, com o tempo, não cunhar NFTs pode se tornar uma desvantagem competitiva”, alertou Doug Shapiro, analista de Wall Street e ex-Turner e WarnerMedia.
Se há alguma dúvida sobre os NFTs serem o futuro dos modelos de negócios das mídias, o South China Morning Post (SCMP) faz questão de afastá-la.
A organização de notícias com sede em Hong Kong não só transformou seu conteúdo histórico em tokens, como também criou uma startup independente para entrar de vez na web3.
Nascido internamente a partir da primeira coleção do SCMP, o Artifact Labs foi alçado a uma nova vertical do grupo para projetos NFTs e construção de comunidade. Os serviços também são disponibilizados para outras empresas com o objetivo de ajudá-las a entender a web 3 e a criar novos modelos de negócios a partir da documentação da história.
O projeto foi concebido em conjunto com especialistas de grupos de mídia, museus, universidades e outras organizações de arquivo com o intuito de estabelecer um padrão para os metadados de NFTs de artefatos históricos. Esses metadados são responsáveis por dar atributos a maioria dos colecionáveis.
Quando um grupo de mídia tem uma joint venture para estruturar um braço só com foco em web3 e NFTs, ele está elevando o jogo para outro nível. E este formato também está chegando ao futebol. Na próxima edição, vamos mostrar como o grupo alemão de conteúdos OneFootball torna-se pioneiro em seu segmento ao levar produtos digitais para ligas, clubes e jogadores.
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