Co-criando com a Nike
GM, Block Pointers. Da aquisição da startup do grupo Virgin até o .Swoosh, a nova plataforma de Web3 onde fãs constroem: como tem sido a escalada da marca para liderar a inovação digital
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Como projetar e possuir o futuro dos esportes
A Virgin Mega era uma espécie de startup furtiva formada por 12 pessoas, dentro do Virgin Group de Richard Branson. Surgida em 2013, a nova empresa foi uma sugestão de Ron Faris, que deixou o cargo de diretor de marketing e experiências de marca para ser o fundador e CEO da VM.
Na primeira conversa com Branson, Faris vislumbrava um negócio de tecnologia dedicado a comunidades de fãs e compras em telefones celulares.
“Percebi que os millennials estavam buscando novas maneiras de interagir com as marcas que amavam por meio de dispositivos móveis. E eles precisavam de uma experiência quando se conectavam com as marcas que amam.”
O primeiro lançamento foi o MegaLine, um aplicativo que permitia aos fãs competirem entre si enquanto esperavam em uma fila digital por produtos exclusivos. Os usuários poderiam ganhar saltos que os fariam subir na fila para se aproximar dos produtos quando fossem colocados à venda.
Três anos depois de sua criação, a Virgin Mega foi adquirida pela Nike para ajudá-la a lançar um novo estúdio digital. Neste processo, Faris também passou a integrar o time do Swoosh.
Nesta época, agosto de 2016, a criação de demanda - marketing que educa os consumidores sobre por que eles precisam de um novo produto - aumentou 2% no ano, enquanto que as operações da empresa cresciam 8% em função dos investimentos em produtos digitais.
"A inovação móvel e os serviços pessoais estão dominando o cenário. É por isso que investimos na integração perfeita do varejo digital e físico, dando aos nossos consumidores melhor acesso aos produtos que desejam e enquanto trabalhamos ainda mais próximos com nossos melhores parceiros atacadistas que compartilham nossa visão para o futuro do varejo”, disse, na ocasião, o CEO Mark Parker.
Em 2019, os Swoosh entraram com um pedido de patente nos Estados Unidos para tênis compatíveis com a blockchain. Os CrpytoKicks são os precursores deste movimento. Saiba mais lendo nossa edição de 26 de abril:
Na Nike, Faris transformou sua expertise digital e experiências acumuladas no BuzzFeed, mobile e festivais de música, em uma ascensão meteórica até ser nomeado vice-presidente da SNKRS, NBHD e S23NYC, em 2020.
A compra do RTFKT no fim do ano passado não só colocava a empresa definitivamente na Web3, como também sustentaria um novo braço. E o executivo fazia parte dos novos planos.
Em janeiro, Faris foi designado como líder do Nike Virtual Studios, uma divisão focada em estabelecer a marca no mundo virtual.
“Criamos o Nike Virtual Studios, uma nova divisão que operará como um estúdio independente para construir nossos negócios em torno de produtos virtuais, ao mesmo tempo em que faz parceria com nosso negócio principal para oferecer as melhores experiências baseadas em Web3, metaverso e blockchain”, comentou o CEO John Donahoe.
A conjuntura de todos estes fatores acontecidos nos últimos seis anos, inevitavelmente, culminariam no .SWOOSH.
Este é o nome escolhido pela Nike para a sua plataforma de Web3 que permite que os usuários criem suas próprias roupas digitais para compra e troca, com possibilidade de receber royalties, além de fornecer educação sobre a nova tecnologia.
O .SWOOSH entrou no estágio beta e o primeiro registro será aberto até o fim deste mês, antes do lançamento da primeira coleção em 2023. A Nike promete ‘oferecer um lugar inclusivo e equitativo para atletas, criadores, colecionadores e consumidores para projetar e possuir o futuro do esporte.'
As criações virtuais incluem tênis, roupas, acessórios e outros itens colecionáveis que os usuários podem usar em jogos ou testar com outras experiências imersivas e acessos a eventos da marca.
“Esta abordagem atende os consumidores onde quer que eles joguem e comprem esportes e oferece uma porta de entrada para uma nova arena digital. Estamos moldando um mercado do futuro com uma plataforma acessível para os curiosos da Web3. Neste novo espaço, a comunidade .SWOOSH e a Nike podem criar, compartilhar e se beneficiar juntas”, disse Ron Faris.
E a Nike apostou em um novo domínio justamente para ser um amplificador de marca, como bem observou Martin Berg, insider de Web3.
Site principal: nike[.] .com
Nova plataforma web3: swoosh[.] Nike
Identidades de usuário Web3: nome de usuário[.] Swoosh
“É um modo interessante de estruturar e conectar diferentes iniciativas. Conectando, mas também separando subestruturas de uma marca. O fato de cada perfil de usuário apontar para um domínio .swoosh é uma ótima alternativa de levar os fãs para essa nova submarca da Nike.”
Na semana em que apresentou a nova plataforma, a Nike também lançou seu comercial surreal para a Copa do Mundo de 2022.
Apesar de não dialogar com o novo produto, Footballverse mistura mundo virtual com futebol ao fazer um exercício de imaginação sobre o que aconteceria se lendas da velha guarda enfrentassem as estrelas do presente.
Propondo duelos como Ronaldinho x Mbappé e Ronaldo x Cristiano Ronaldo, a Nike já marcou o grande golaço do Mundial antes mesmo de bola rolar no Qatar.
Direto ao ponto
Nesta sessão, sempre traremos alguns poucos e bons destaques sobre o que está acontecendo neste mercado
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WAGMI - We’re all Going To Make It
O mantra adotado pelos entusiastas desta tecnologia que expressa boas notícias e tem conotação de que estamos juntos para fazer isso acontecer.
Afinal, conectar, democratizar, construir e pertencer a uma comunidade são os valores que irão nortear nossa jornada
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