A arte da cocriação
GM, Block Pointers. Chicago Bulls convoca 23 artistas para recriar logotipo icônico. Efdot, um dos escolhidos, traz seu histórico de collabs e mostra que na Web3 a comunidade é a mensagem
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As releituras do touro vermelho irritado
Até a mudança para o Brooklyn, em 2015, Eric Friedensohn focou boa parte do seu trabalho de design como um lettering artist. A influência das revistas de skate na infância, e que despertaram o desejo por desenhar letras, ainda ditava o rumo profissional do jovem de 24 anos na época.
A paisagem urbana de Nova Iorque, por sua vez, despertou um novo caminho para o artista. Os trabalhos figurativos desenhados à mão foram aprimorados. Efdot, que dava o nome ao seu estúdio, também tornou-se a alcunha artística de Eric.
A atual versão é moldada por um estilo minimalista, abstrato e figurativo que conquistou a atenção de WeWork, Google, Nike, Apple e até do New York Knicks.
Skatista nas horas vagas, Efdot esteve mais próximo do basquete em abril, quando foi convidado pelo Knicks para desenhar camisas artísticas da franquia ao lado de outros artistas da cidade.
Nesta ocasião, ele já havia incorporado o uso de NFTs ao seu trabalho, experimentando o sucesso da pequena coleção chamada ‘Open Minds’, que foi esgotada na Opensea.
Na última sexta-feira, o artista ganhou um novo e ilustre seguidor no Twitter: o Chicago Bulls. O privilégio do reconhecimento é decorrente da colaboração feita com a franquia para o projeto The Aurochs.
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Efdot está entre os 23 artistas escolhidos pelo Bulls para redesenhar o icônico logotipo, transformando a releitura do touro vermelho irritado em uma arte digital.
Na última quinta, as obras foram a leilão no marketplace da Coinbase, parceira oficial da NBA, por um período de 24 horas. Os 318 lances totais geraram uma arrecadação de US$ 79.205.
A recriação de Efdot para a marca do Bulls é uma mídia mista composta por desenho, pintura e animação digital. A peça foi arrematada por US$ 2.347,01 após 14 lances. Todos os artistas têm direito a 10% dos royalties.
No sábado, o proprietário recebeu uma oferta de US$ 2.626,77 do mercado secundário e revendeu a obra, gerando nova receita para o criador.
Efdot x Bulls: Deconstructed Bulls
Com um aceno para os esboços de touro de Pablo Picasso, Efdot tenta desconstruir o logotipo inquebrável do Chicago Bulls em 23 símbolos abstratos, como uma extensão de sua linguagem visual contínua “HI3R0GLYPHS”.
Cada glifo pode ser interpretado de várias maneiras, revelando significados ocultos, realidades alternativas e referências históricas.
A camada digital de movimento adicionada fala da energia estimulante de estar em Chicago à noite, durante os segundos finais de um jogo acirrado.
Os artistas não receberam qualquer recomendação do Chicago Bulls para o trabalho criativo, validando a premissa de cocriação entre marcas e criadores na internet descentralizada.
“Nós realmente não demos nenhuma direção aos artistas. Meio que dissemos a eles para correrem com o logotipo dos Bulls”, explicou Luka Dukich, Diretor Executivo de Estratégia de Conteúdo do Chicago Bulls.
A proposta inédita do Bulls coloca em xeque o atual formato das plataformas centralizadas em que o meio é a mensagem. Na Web3, a comunidade torna-se a propagadora da mensagem. O conceito defendido por Tom Vandendooren, insider sobre o tema, é sustentado pelo argumento de que “as comunidades superam a mídia”:
“Construir e capacitar comunidades será o novo padrão de engajamento , aproveitando o poder das multidões e a cocriação coletiva. Isso, seguramente, terá um impacto transformador na forma como a marca e os criadores pensam sobre marketing de crescimento e gerenciamento de relacionamento”.
“O que há de novo na Web3 é a expectativa de empoderamento e reciprocidade que vem com cada nova parceria ou colaboração. As comunidades na Web3 tratam de participar de maneira significativa em apoio a um propósito comum”.
Criar em conjunto é uma das principais lições que Efdot aprendeu quando fez trabalhos para o WeWork: “Tudo pode ser uma colaboração e, portanto, uma maneira de fortalecer-se”.
O princípio sempre esteve vinculado às motivações do artista e foi responsável pela criação do Muralists, a plataforma através da qual artistas que pintam murais compartilham seus trabalhos e experiências. A comunidade formada, em breve, ganhará um podcast para divulgar os trabalhos em destaque e debater sobre os processos de criação.
Os pilares para construção de comunidade aprendidos ao longo da carreira, prepararam o terreno para Efdot absorver rapidamente o entendimento de que a nova tecnologia poderia melhorar seu trabalho e a conexão com o público.
“Em 2020, fiquei preso em casa, acordado até tarde ouvindo os bate-papos do clube, começando a entender a criptografia e o conceito de ativos digitais. Para minha própria vida, vejo NFTs como uma atualização para meu modelo anterior de vender minha arte e itens de edição limitada do meu estúdio. É uma maneira emocionante de colaborar, conectar e aprofundar relacionamentos com amigos, clientes e colecionadores”, disse o artista em entrevista ao ONE37pm.
Este é mesmo sentimento compartilhado por Luka Dukich quando anunciou a colaboração com os 23 artistas para promover o The Aurochs, no início de setembro:
“Eu sei que há muito ceticismo sobre o espaço NFT, mas este projeto realmente é sobre fazer arte legal e apoiar artistas, deixando-os brincar com uma marca poderosa sem limitações criativas. Estou muito orgulhoso disso”.
Realmente, Efdot e os outros 22 artistas e o Bulls têm motivos especiais para comemorar os resultados de um projeto que levou arte e tecnologia para o basquete de uma das franquias mais relevantes da história da NBA, contribuindo para massificar o tema de maneira criativa e de fácil entendimento.
Direto ao ponto
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WAGMI - We’re all Going To Make It
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